O projeto envolve a equipe e estrutura do Laboratório de Tecnologia Oceânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro; o mecanismo será objeto de pesquisa nos próximos três anos para alavancar a produção tecnológica brasileira na área
Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2023 – A Sapura, em parceria com o Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano), lançou na tarde hoje o Simulador para treinamento de operação em navio PLSV (Pipe Laying Support Vessel), modelo de embarcação projetado para apoio, instalação e lançamento de dutos flexíveis. O equipamento tem a capacidade de replicar com precisão situações de navegação do dia a dia da frota da companhia.
O simulador foi preparado durante os últimos três meses, quando foram feitas visitas ao Sapura Ônix, embarcação PLSV da empresa, para coleta de informações e de dados de projeto que serviriam para subsidiar atividades como as engenharias necessárias, modelagem 3D da embarcação e adaptação da sala de simulação, modelagem hidrodinâmica de casco e criação dos controles azimutais.
O equipamento de simulação como um todo conta com três salas, a primeira, onde está o simulador de PLSV, é a maior delas, com sete televisores na horizontal com ângulo de visualização de 225°; a segunda sala possui sete televisores na vertical, trazendo uma visão maior nesta direção e um ângulo horizontal de 150°, ideal para utilizar em embarcações como rebocadores; já a última sala, possui comunicação ativa com as outras, e onde se encontra o controle da simulação por meio de microfones e visualização através de câmeras, além de todas as vistas ao operador de cada embarcação. Através dela é possível controlar clima, hora, visibilidade, condições de mar, vento e corrente, além da possibilidade de incluir navios NPCs (Non-Playable Character) e rotas, dando maior realidade ao tráfego marinho da região. A sala reservada ao projeto da Sapura foi decorada com imagens do navio, como forma de reforçar a ambientação e consequente imersão dos usuários.
Para o pesquisador líder do projeto, Claudio Coreixas, este é um avanço relevante para o setor, tendo em vista a pouca quantidade de simuladores nacionais disponíveis no país, além do aprimoramento de técnicas para se obter os coeficientes das embarcações e dessa forma aumentar o portfólio de simulações disponíveis. Coreixas ainda ressaltou que a parceria com empresas do ramo é fundamental, pois o acesso do pesquisador a esse tipo de embarcação é muito limitado.
De acordo com o COO da Sapura, Ricardo Bicudo, o simulador vai ajudar no treinamento dos novos comandantes e demais Oficiais marítimos para entrada em portos brasileiros como a BANIT, BAVIT e Açu com extrema perícia. Isso ocorre juntamente com um projeto de predição de vento e corrente para auxiliar a tomada de decisão e evitar o cancelamento de manobras durante a operação, calculando por meio de redes neurais os valores e direções de vento e corrente nas próximas horas e probabilidade de acerto.
“O treinamento prático, em ambiente simulado, é fundamental nas operações de entrada, saída, atracação e desatracação das embarcações. Trazer uma imersão para um cenário de simulação permitindo aperfeiçoamento de nossa força de trabalho em operações complexas cujas restrições operacionais não permitem margem para erros é uma grande conquista para nós. Estamos sempre atentos a novas tecnologias e integração junto às universidades. Inclusive, estamos em uma outra iniciativa com o laboratório junto ao CNPQ no projeto “Criação de um ambiente integrado de simulação para análise e treinamento de manobras e navegação de navios offshore em terminais e suas vias de acesso”, disse o COO.
O CEO da companhia, Rogerio Salbego, marcou presença no lançamento. Também participaram representantes da UFRJ, Petrobras e Marinha do Brasil.